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AS DIFICULDADES NA RETOMADA ESCOLAR

 






Uma pesquisa feita pela Fundação Lemann em parceria com o Instituto Natura mostrou que 94% das crianças e dos adolescentes tiveram alguma mudança de comportamento durante a pandemia. Segundo os pais e responsáveis, 56% ganharam peso, 44% se sentiram tristes, 38% ficaram com mais medo e 34% perderam o interesse pela escola.

“O período de isolamento provocado pela pandemia fez com que os adolescentes perdessem o vínculo com a escola, alguns estão resistentes em voltar”, comenta Claudia M.Francisco Santana, Psicóloga, Neuropsicóloga e Psicopedagoga do Colégio Espaço Potencial Objetivo de Cotia, que tem dedicado boa parte de seu tempo para ajudar os estudantes desde o retorno das aulas presenciais.

O isolamento deixou marcas profundas sobretudo entre os estudantes na faixa etária dos 11 e 12 anos de idade, que por si só já é uma fase conflitante em suas vidas - quando estão entrando na puberdade. “Eles e elas não se reconhecem mais, estão introspectivos, com sintomas de ansiedade, arredios”, relata a profissional. “Estão voltando para uma realidade que é nova, uma escola que parece nova”.

A pesquisa “Onde e como estão as crianças e adolescentes enquanto as escolas estão fechadas?” indicou que entre os que ficaram sozinhos em casa estariam mais altos os índices dos que passaram a dormir mais, ficaram mais quietos ou têm mais dificuldades para dormir.

O contato por meio das telas nas aulas remotas não foi suficiente para romper o abismo que ficou entre os adolescentes, sobretudo entre as meninas que estão ainda mais retraídas, envergonhadas com as mudanças no corpo e com tantas novidades e dúvidas que muitas vezes são reduzidas quando compartilhadas em tempo real com as coleguinhas.

Ressocializar e devolver aos adolescentes o brilho nos olhos e gosto pela escola é a missão de toda a equipe escolar e também dos pais. “O que se tem feito é observar, conversar”, diz a Psicóloga. A introdução de mais atividades em grupo foi uma opção encontrada pelos professores. “De um modo geral o aluno vai cedendo espaço para essa socialização.”

É um trabalho de formiguinha e cada um tem que fazer a sua parte, psicóloga, professores, coordenadores e pais. “Vamos acompanhando, monitorando para que eles e elas sofram o menos possível. Nossa preocupação é com o bem estar da criança e do adolescente, mas o suporte dos pais é importante”, ressalta Claudia Santana.

Quanto tempo pode demorar para que crianças e adolescentes voltem a ter o mesmo encanto pela escola? “Não dá pra saber, mas temos que fazer desse momento o nosso melhor. O vírus continua e a gente aprende a conviver com ele e vamos ter que nos acostumar com os protocolos de segurança”.



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